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Notícias

24/02/2016

Mercado do petróleo reequilibra em 2017

Mercado Petrolífero
Mercado do petróleo reequilibra em 2017, 
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mas os atuais cortes de investimento trazem sérios riscos à segurança de abastecimento. 
De acordo com o “Medium-Term Oil Market Report” (MTOMR), divulgado há dois dias pela Agência Internacional de Energia (IEA), o crescimento da oferta mundial de petróleo está a mergulhar o mercado num longo período de preços baixos, que terá as suas consequências. Enquanto por agora o “light tight oil” (LTO) dos EUA, está a cair acentuadamente, o mercado começará a reequilibrar-se em 2017 e, até 2021, o Irão e os Estados Unidos irão liderar os ganhos de produção entre os países da OPEP e não OPEP, respetivamente.
 
O relatório realça que, embora os preços do petróleo devam começar a subir gradualmente à medida que o mercado se comece a reequilibrar, a disponibilidade de recursos que podem ser fácil e rapidamente explorados irá limitar o intervalo de variação, pelo menos no curto prazo. No entanto, o relatório aponta para o risco de um aumento do preço do petróleo na parte final do período considerado, decorrente dos insuficientes investimentos atuais.
O relatório prevê que 4,1 milhões de barris por dia (mb/d) sejam adicionados à oferta global de petróleo entre 2015 e 2021, bem abaixo do crescimento total de 11 mb/d no período 2009-2015. A queda no crescimento da oferta resulta dos cortes de investimento no “upstream”, em resposta ao excesso de oferta que está a pressionar os preços. As despesas globais de exploração de petróleo e as despesas de capital na produção (Capex) devem cair 17% em 2016, após um corte de 24% em 2015, sendo a primeira vez desde 1986 que o investimento no “upstream” cai por dois anos consecutivos.
A produção dos EUA deverá atingir o pico de 14,2 mb/d até ao final do período analisado, mas apenas depois de cair no curto prazo. A queda de produção de LTO deverá ser de 0,6 mb/d este ano, acrescida de mais 0,2 mb/d em 2017, antes de uma recuperação gradual dos preços do petróleo que, combinada com outras melhorias na eficiência operacional e na redução de custos, permitirá que a produção retome a sua escalada ascendente. Os Estados Unidos continuam a ser os maiores contribuintes para o crescimento durante o período considerado, representando mais de dois terços do aumento líquido não-OPEP. Liberto de sanções, o Irão liderará os ganhos da OPEP: a produção de petróleo iraniano subirá de 1 mb/d para 3,9 mb/d em 2021.
O relatório prevê que a procura global de petróleo crescerá a uma taxa média de 1,2 mb/d até 2021, passando o marco histórico dos 100 mb/d no final da década, antes de chegar aos 101,6 mb/d em 2021. O consumo na India continuará líder, como resultado de um número crescente de veículos em circulação, enquanto o crescimento da procura chinesa arrefecerá um pouco a par com a economia. O comércio global de petróleo continua o seu deslocamento para a Ásia.
24.02.2016