As indústrias de utilização intensiva de energia (IEI) empregam diretamente a cerca de 2,6 milhões de pessoas e representam os alicerces das cadeias de valor críticas e estratégicas para a economia e sociedade da EU, pois fornecem materiais indispensáveis para a transição energética e a descarbonização da sociedade da EU.

Estas indústrias reclamam que o aumento dos preços da energia têm provocado consideráveis reduções de resultados destas empresas, ameaçando a sua viabilidade económica a curto prazo e o desequilíbrio da sua competitividade relativa a concorrentes extracomunitários corre o risco de aumentar. Desta forma, apelam às instituições da UE para que abordem este efeito negativo na sua competitividade em relação às regiões com preços de energia mais baixos – defendem que as metas climáticas devem ser alcançadas mediante novos investimentos e inovação na EU e não pela desindustrialização, pela “fuga de carbono”, pela redução de empregos e pelo aumento de investimentos alternativos em países terceiros.

As indústrias de utilização intensiva de energia apoiam os objetivos de médio-longo prazo incluídos na proposta de reforma do mercado da eletricidade (DME), na medida em que regula os necessários acordos de aquisição de energia, a flexibilidade do sistema e a garantia da sua adequação ao mercado.

No entanto, o imperativo crítico imediato é fazer face à atual crise de preços elevados da eletricidade e evitar novas crises estruturais no futuro. A proposta de reforma só será efetiva no longo prazo se for implementada com eficácia no curto prazo - A garantia de eletricidade a preços acessíveis é condição necessária para a competitividade e descarbonização da indústria europeia!

A Apetro através da sua associação congénere europeia signatária FuelsEurope associa-se a esta importante declaração pública.

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