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Notícias

20/02/2015

BP lança BP Energy Outlook 2035

Mercado Petrolífero

Apesar do significativo recente enfraquecimento sentido nos mercados globais de energia, a expansão económica em curso na Ásia - particularmente na China e na Índia - irá impulsionar o crescimento contínuo da procura mundial de energia nos próximos 20 anos. De acordo com a nova edição do BP Energy Outlook 2035, que analisa as tendências energéticas de longo prazo e desenvolve projeções para os mercados mundiais de energia nas próximas duas décadas, a procura global de energia deverá aumentar 37% de 2013 a 2035, ou seja 1,4% ao ano, em média. bp_energy_outlook_2035.jpg

Segundo este estudo a procura de petróleo irá aumentar cerca de 0,8% ao ano até 2035. A crescente procura virá exclusivamente dos países não membros da OCDE, onde o consumo de petróleo atingiu o pico em 2005, esperando-se que em 2035 caia para níveis não vistos desde 1986. Em 2035, é provável que a China tenha ultrapassado os EUA, como o maior consumidor de petróleo a nível mundial.

A fraqueza atual do mercado de petróleo, que resulta em grande parte de um forte crescimento na produção de “tight oil” nos EUA, é provável que leve vários anos a resolver-se. Em 2014, a produção de “tight oil” levou a produção de petróleo a aumentar mais de 1,5 milhões de barris por dia - o maior aumento num único ano na história dos EUA. Contudo, o crescimento do “tight oil” dever desacelerar e a produção do Oriente Médio irá ganhar terreno mais uma vez. É provável que por volta de 2030 os EUA se tenham tornado auto suficientes em petróleo, quando em 2005 importavam 60% da sua necessidade.

A procura por gás natural vai ser a de mais rápido crescimento dos combustíveis fósseis até 2035, com um aumento de 1,9% ao ano, liderada pela procura na Ásia. Metade do aumento da procura será proporcionada pelo aumento da produção de gás convencional, principalmente na Rússia e no Médio Oriente e a outra metade pelo “gás de xisto”. Em 2035, a América do Norte, que atualmente responde por quase toda a oferta de gás de xisto global, ainda vai produzir cerca de três quartos do total.

O carvão, que tem tido o mais rápido crescimento entre os combustíveis fósseis ao longo da última década, impulsionada pela procura chinesa, passará a ter o crescimento mais lento, 0,8% ao ano, um pouco menos do que o petróleo. A mudança é motivada por três fatores: moderação e menos crescimento intensivo de energia na China; o impacto da regulação e da política sobre a utilização de carvão, tanto nos EUA como na China e a abundância de gás, ajudarão a empurrar o carvão para fora de geração de energia.

A auto suficiência energética na América do Norte, que é esperado se torne num exportador líquido de energia este ano, e o aumentar do comércio de GNL, deverá ter impactos fundamentais sobre os fluxos globais de energia, ao longo do tempo. O aumento da oferta de petróleo e de gás nos EUA e a menor procura na Europa e nos EUA, devido à melhoria da eficiência energética e a um menor crescimento ,em conjunto com a continuação do forte crescimento económico na Ásia, irá deslocar os fluxos de energia cada vez mais de oeste para leste.

O Outlook também considera que as emissões globais de CO2 até 2035, com base nas suas projeções dos mercados de energia e da evolução mais provável de políticas relacionadas com o carbono, deverão aumentar 1% ao ano até 2035, ou seja 25% ao longo do período, numa trajetória significativamente acima do caminho recomendado pelos comunidade científica.

Reduzir as emissões de carbono vai exigir a tomada de medidas políticas adicionais significativas, para além das medidas já assumidas, e o Outlook fornece informação comparativa para as opções possíveis e os seus impactos relativos nas emissões. No entanto, como provavelmente nenhuma opção será suficiente por si só, várias opções terão de ser seguidas. Isto sublinha a importância da formulação de políticas a da tomada de medidas que conduzam a um preço global significativo para o carbono, que dê incentivos para que todos possam desempenhar o seu papel no cumprimento das crescentes necessidades energéticas do mundo de uma forma sustentável.

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