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Os 25 Anos do ASRA (Acordo de Segurança Rodoviária Acrescentada)
O surgimento do ASRA em fevereiro de 1998 pode ser considerado como um “marco no tempo”, único e incontornável no transporte rodoviário de mercadorias perigosas em Portugal, já que permitiu a uniformização e a melhoria dos requisitos exigidos e a consequente diminuição de acidentes registados nesta atividade.
A sua formalização através da assinatura do respetivo Protocolo, em 10Fev1998, constitui o momento fundador, dado o compromisso explícito que nele é assumido por todos os que aderiram aos seus objetivos.
Desde esse momento o termo “Apetro” passou a ser comum no dia-a-dia dos principais players do sector: Associadas, Transportadores, Fabricantes de equipamentos e empresas de manutenção. Cumprir os requisitos Apetro que constam no ASRA passou a ser como uma “imagem de marca” diferenciadora entre empresas de transporte, respetivos motoristas e viaturas em termos de garantia de segurança.
O caminho que teve que se percorrer ao longo destes 25 anos até se chegar aos padrões atuais não foi tarefa fácil. As diferenças em requisitos de segurança nas Associadas eram significativas, pois refletiam normas e regras próprias, influenciadas por abordagens específicas, consequência de contextos culturais diferentes, conforme os países de origem dos grupos internacionais em que estavam integradas e, por isso, mais difíceis de alterar. Entre os Transportadores, que no início deste processo eram quase meia centena, essas diferenças ainda eram mais acentuadas.
Somente com um trabalho muito persistente e com o necessário e substantivo “know-how técnico”, dos vários representantes das Associadas que ao longo dos anos foram integrando o inicial “GT-8” – Grupo de Trabalho nº 8 como então era titulado, e que mais tarde assumiu a designação de subcomissão ASRA, foi possível percorrer esse caminho. Este Grupo tem-se mantido até à atualidade, e foi-se consolidando como o fórum de referência para esta temática e seu acompanhamento e monitorização.
Os processos de realização de auditorias periódicas ao Sistema de Gestão de Segurança dos Transportadores e as inspeções surpresa às viaturas foram importantes “alavancas” para credibilizar e dar confiança ao processo.
Também nada seria possível se por parte dos Transportadores não tivesse havido disponibilidade e compreensão para aceitar a necessária evolução para este setor, materializada neste processo, e peça instrumental essencial para maior segurança no transporte.
Naturalmente que o impacto resultante da adoção destes requisitos de segurança, tanto segundo um ponto de vista técnico como operacional, a par de outros aspetos igualmente relevantes que foram ocorrendo, como a constituição unipessoal de muitas destas empresas, algumas fusões, aquisições e o encerramento de algumas delas, levaram à redução do número de Operadores de Transporte.
Mas afinal o que é o Manual ASRA? Em síntese, é o documento de referência onde constam todos os requisitos que esta atividade deve cumprir em nome da Segurança. Assenta em quatro pilares: equipamentos de viaturas, motoristas, avaliação de transportadores e sistema de gestão de segurança, e vai evoluindo com o estado da arte, pelo que tem tido atualizações ao longo do tempo, com contributos de diversas proveniências, nomeadamente, a inclusão da investigação de acidentes e propostas técnicas de melhoria, de Associadas e Transportadores, traduzidas em revisões de dois em dois anos.
No pilar motoristas merece destaque a formação “Roll Over”, atualmente com as ações a decorrerem no antigo Aeródromo de Fátima, na qual os motoristas têm possibilidade de em pista testar situações de emergência na condução.
Por último, não podemos de deixar de referir os eventos “Apetro” associados ao ASRA, com especial relevo para “O dia do Transportador”, fórum bienal onde, além de apresentações de equipamentos e serviços, essencialmente focados na Segurança, se juntam representantes de Associadas e Transportadores em ambiente de confraternização e debate de temas da atividade.
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