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Notícias

22/04/2016

Não serão impostas metas de emissões para veículos pesados na UE até 2017

Transportes
A adoção de uma meta de redução de emissões veículos pesados, na União Europeia, será adiada " pelo menos até 2017", afirmou à dias o Comissário do Clima e Energia da EU, Miguel Arias Cañete. O comissário confirmou o calendário, enquanto se dirigia aos deputados na Comissão do Ambiente do Parlamento Europeu. Os deputados do Parlamento Europeu apelaram ao Comissário para definir um alvo de CO2 para os veículos pesados da EU, da mesma forma que já existem para os veículos de passageiros e furgões. No entanto, Cañete afirmou que não será definida uma meta até que a "lacuna de conhecimento" existente sobre as emissões de veículos pesados é fechada com nova monitorização e regras de informação, que são esperados em 2017.

 
São definidos como pesados, os veículos de transporte de mercadorias de mais de 3,5 toneladas (camiões) ou veículos de transporte de passageiros com mais de 8 lugares (autocarros), constituindo uma frota muito heterogêneo, com veículos que têm diferentes utilizações e ciclos de condução, existindo até várias categorias nos diferentes segmentos como é o caso dos camiões que incluem o longo curso, o regional, a entrega urbana e a construção.

O objetivo da estratégia é identificar uma abordagem que possibilite a redução das emissões de CO2 dos veículos pesados de uma forma custo eficiente e proporcionada para as partes interessadas e para a sociedade em geral. A estratégia visa proporcionar aos fabricantes e outras partes interessadas, um enquadramento político claro e coerente, indicando a provável a evolução da regulamentação, o que irá facilitar a tomada de decisão e o planeamento dos investimentos.

De acordo com a avaliação de impacto que sustenta a estratégia, os veículos pesados representam cerca de um quarto das emissões do transporte rodoviário e cerca de 5% do total das emissões de CO2 da UE - uma parcela maior do que a aviação ou o transporte marítimo internacional. No entanto, estes números são estimativas, dado que as emissões dos veículos pesados não estão a ser registadas nem monitoradas.

Antes de estabelecer limites, há portanto que construir uma base de dados robusta, que reflita o nível atual de emissões de CO2 dos veículos pesados. É por isso que o foco da estratégia a curto prazo incide no registo, monotorização, fornecimento e comunicação dessas emissões, com o objetivo de reduzir o défice de conhecimento atual e fornecer informação mais transparente aos vários atores. Maior transparência irá estimular a concorrência, com base no desempenho energético real dos veículos. Estabelecer limites de CO2 para os veículos pesados será uma opção para o médio e longo prazo, que terá de ser completamente avaliada no momento oportuno.

Apetro 22/04/16