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Notícias

15/12/2014

Folha de Opinião nº54: Combustíveis “simples” e “low cost” não são sinónimos

Produtos

De modo a não criar falsas expectativas nos consumidores, parece-nos importante desfazer o equívoco que resulta de confundir inadvertida ou deliberadamente os conceitos de “combustível simples” e “produtos low cost”. folha_54.png

Começou-se a designar por combustíveis “low cost” os que eram comercializados por hipermercados e outros retalhistas que normalmente operam sem a bandeira das Companhias Petrolíferas. Trata-se de produtos simples, isto é sem qualquer tipo de aditivos melhoradores das suas características ou com aditivos básicos, que fazem parte da oferta de comercializadores que optaram por um conceito “low cost”. São vendidos a preços normalmente inferiores aos preços praticados pelas empresas petrolíferas, cujo conceito se baseia na diferenciação dos seus produtos e serviços, fruto de investigação e de desenvolvimento tecnológico.

O conceito "low cost" assenta num modelo de negócio, em que o critério preço é uma prioridade para os consumidores e baseia-se na compressão, quer do investimento inicial quer dos custos operacionais, na simplificação de processos e da oferta, tanto de produtos como de serviços e apresenta outros padrões aos níveis ambiental, de segurança e de cobertura de rede.

Os Postos de Combustível "low cost'', localizados normalmente em zonas contiguas ou em parques de estacionamento de Grandes Superfícies, não são o negócio nuclear do complexo comercial onde se inserem, funcionando em muitos casos como um "gerador de tráfego" para a venda de outros produtos. Não existe portanto uma preocupação com a rentabilidade do posto isoladamente, pois o importante é a rentabilidade consolidada dos vários negócios, sendo o somatório das economias obtidas nos custos de exploração de um posto de abastecimento "low cost", associado ao seu elevado volume de vendas, que permite uma redução significativa dos custos de operação.

Não é possível pois, nos postos de abastecimento convencionais, conseguir reduções do Preço de Venda ao Público semelhantes aos apresentados pelos "low cost", através da venda de combustíveis simples, isto é, alterando apenas um dos fatores de redução de custos - o produto e, mesmo este, marginalmente.

A obrigatoriedade de comercialização de combustíveis sem aditivos nos postos convencionais, como oferta adicional à existente, para além de reflexos muito negativos no Valor das Marcas, implicará maiores custos de distribuição e ao nível da infraestrutura para acomodar mais dois tipos de combustíveis, sendo nalguns casos de todo inexequível por inexistência de espaço físico para instalar mais tanques ou até por limitações nos termos do licenciamento.

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